(Paris, Haicais e o Bolero de Ravel)
Prefácio
Esta composição origina-se na experiência de um imigrante em Paris e, tal como no Bolero de
Ravel em que a melodia é repetida diversas vezes, a vida do estrangeiro é uma
sucessão de cenas cotidianas corriqueiras, mas carregada de emoções que são
renovadas a cada dia.
A simplicidade e elegância do Bolero de Ravel (clique aqui para ouvir) realçam as emoções que originaram estes quase haicais, por isso, recomendamos ao leitor essa trilha sonora.
Se preferir escolha também a sua bebida favorita e envolva-se.
Originalmente, cada um dos haicais foram
impressos em cartões aromatizados que deviam ser aproximados ao nariz para que a fragrância pudesse envolver o leitor mais intensamente.
As essências utilizadas buscavam tornar
mais vívidas as emoções evocadas, embora nem sempre fossem as melhores
possíveis.
Para viver esta experiência ouça a
música e se entregue à poesia, ou faça o contrário.
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Fria manhã de junho
nuvens por todos os lados
o avião
balança
A mulher reza
lá embaixo a cidade
fica para trás
A chegada
pneus cantam no asfalto
aplausos e vivas
[continua...]
Para os amantes do Haicai eu sugiro a leitura do livro "
Trilha estreita ao confim" do poeta japonês Basho (1644-1694), o mestre do haicai.
'Trilha estreita ao
confim' apresenta o texto de Basho em sua forma original, trazendo o
ciclo completo de seus principais relatos de viagem, repletos de haicais
memoráveis. Mergulhe na
experiência de um poeta fundamental para a poesia contemporânea!